O Saci
Pererê é um dos personagens mais conhecidos do folclore brasileiro,
frequentemente encontrado também na literatura, através de autores como
Monteiro Lobato, Maurício de Souza e Ziraldo. Sua descrição mais conhecida é a
de um menino negro de uma perna só, com um gorro vermelho e um cachimbo na
boca. A curiosidade fica por conta da ausência da perna, que costuma ser
explicada por ter perdido ela durante uma luta de capoeira
O que mais gosta de fazer é
pregar peças e fazer travessuras, como: esconder coisas, assustar os animais,
fazer barulho, mexer com quem passa pelas matas, entre outras. Por passar do
limite algumas vezes, algumas pessoas chegam a vê-lo como um ser maligno,
remetendo talvez à sua descrição antes das influências africanas, como um
indiozinho endiabrado que tinha uma calda nas costas. Falando nisso, seu nome
vem do tupi, Yaci Yaterê, que também é um personagem da mitologia tupi-guarani,
sendo uma divindade e um dos filhos de Tau e Kerana. Algumas
fontes dizem que essa pode ter sido a versão original do Saci, também anterior
à influência da cultura africana
Ele possui uma
série de capacidades mágicas, como: ficar invisível, fazer chamas
acenderem repentinamente, imobilizar pessoas, se transformar em aves e, sua
habilidade mais famosa, se locomover em redemoinhos de vento. Todos os seus
poderes vem do seu gorro, então caso alguém o tire, ele fica incapaz de fazer
suas travessuras. Mas não é fácil pegar ele. Isso só é possível jogando uma
peneira em cima do redemoinho em que ele estiver. Só então é possível tirar sua
carapuça da cabeça e, se quiser, prendê-lo dentro de uma garrafa. Mas, coitado
dele, também não precisa fazer isso, não é mesmo
Além disso,
nem só de travessuras vive o Saci. Ele também é o ser protetor e responsável
pelas plantas medicinais e, claro, profundo conhecedor de suas
aplicações. Mas dizem que, caso alguém entre na mata sem pedir permissão para
ele antes, pode ser confundido por alguma peça pregada por ele



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